segunda-feira, 22 de abril de 2013

Passado, presente, futuro e buscas

Quando eu era pequena, as coisas me vinham fáceis e simples, e o mundo lá fora, mesmo desconhecido, não me parecia tão complicado. Eu cresceria, e tudo estaria mais ainda ao meu alcance, porque eu me tornaria mais forte e pronta para conquistar tudo que quisesse. E esse era um direito meu. É um direito nosso. Engraçado como reconhecer a essência das pessoas era natural e instintiva; sem máscaras, sem disfarces, desprendido de maiores conceitos socio-culturais.

Hoje, quando vejo nos noticiários conflitos políticos, econômicos e sociais desencadeados pela disputa por poder, dinheiro e vaidade, flagro-me pensando em que momento nossas crianças serão corrompidas?! Sinto vergonha e medo do mundo que construimos, e do legado cíclico no qual estamos e que deixaremos. As coisas são deixadas de lado para se perderem na rotina descompassada de nossos dias. Essa é uma peça a nós pregada para disfarçar questionamentos maiores. Misérias da alma, do condicionamento e dos péssimos hábitos adquiridos para negar quem somos.

Vez ou outra vejo-me tímida lado a lado com a criança que outrora fui, e nem sempre sinto-me a vontade. Talvez seja medo de encará-la, e descobrir que a projeção diante dela seja tão e somente isso: uma projeção de si mesma.


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