sexta-feira, 25 de julho de 2014

Faz um tempo que não escrevo no blog, os pensamentos tem me levado a diversos outros horizontes nesse intervalo. A vontade de espalhar sementes nem sempre tem deixado um belo jardim pelo meu percurso, mas eu continuo tentando. Num método nada tradicional eu sigo com meus propósitos, eu arrisco, falho, quase desisto mas não posso simplesmente ignorar minha direção.

O mundo ainda prospera à base dos interesses próprios, e o marketing trabalha conceitos e imagens que não condizem com o contexto real. As guerras continuam, as pessoas ainda acham que status e consumo desenfreado são metas necessárias e pequenas mudanças tentam eclodir de todos os cantos, quando menos esperamos. Quase calada assisto a tudo, quero ouvir vozes que suscitem em mim algo que julgava extinto, mas tudo trafega sombrio ou improvável demais.


Não é guerra santa, nem rebelião inquisidora,
São fatos póstumos vivos num recuo do tempo.
As épocas e os personagens se cruzam, numa vã peregrinação
para reinarem numa apoteose mítica. Somos filhos devotos
da ficção. Histórica. Intelectualizada. Idealizada. Tapamos
as brechas com cal e cimento. O toque final cabe aos
arquitetos que alicerçam a base de nossa civilização.
Numa nau redecorada e fria, empilhamos cartas ou posicionamos
as peças no tabuleiro. A plateia é o coro que murmura
em passadas largas o intrincado dilema da moral e dos bons
costumes. Frágil e degradante como nosso caráter
tentando favorecer-nos, em porcas misérias alheias; repique
maciço num farfalhar à escuridão (...)"

trecho da poesia Ao longo da História extraída do livro Escolhas - versos de Priscila Bezerra



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